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From Biblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos
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:O Deus de Jacob é a nossa fortaleza.''Pausa''
  
  

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46(45) Deus, refúgio e força

 

1 Ao diretor. Dos filhos de Coré, em soprano[1]. Cântico.


2 Deus é para nós refúgio e força[2],

desde sempre foi auxílio nas angústias.:

3 Por isso, não temos medo, ainda que a terra trema,

e as montanhas se precipitem no fundo dos mares[3],

4 fazendo com que as suas águas rujam e se agitem,

sacudindo os montes com a sua fúria.


5 Um rio com os seus canais alegra a cidade de Deus[4],

a mais santa das moradas do Altíssimo.

6 Deus está no meio dela; não a deixará vacilar.

Deus a socorrerá desde o raiar da aurora.


7 Os povos amotinam-se, os reinos agitam-se;

mas Ele faz ecoar a sua voz e a terra estremece[5].

8 O Senhor dos exércitos está connosco;

o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.


9 Vinde e contemplai as obras do Senhor,

as coisas espantosas que realizou sobre a terra.

10 Ele faz parar as guerras até aos confins do mundo[6];

quebra os arcos, despedaça as espadas
e queima no fogo os escudos.


11 Rendei-vos! Reconhecei que Eu sou Deus:

dominarei sobre os povos; dominarei sobre a terra.


12 O Senhor dos exércitos está connosco;

O Deus de Jacob é a nossa fortaleza.Pausa



  1. Cf. 1Cr 15,20; Sl 68,26.
  2. Este salmo é o primeiro da lista dos salmos de Sião (48; 76; 84; 87; 122). O nome de Sião é um nome alternativo para a cidade de Jerusalém. Este nome estava fortemente carregado de dimensões simbólicas, articuladas com o facto de Jerusalém ser vista como a cidade onde Javé tem a sua morada e onde se concentravam memórias e referências religiosas que os hebreus herdaram dos anteriores habitantes de Canaã, quando assumiram a sua língua e com ela muito da sua cultura. Esta é uma das muitas outras razões pelas quais Jerusalém é vista como inexpugnável. Este salmo parece ser a expressão de uma nova cosmogonia que Deus realiza a partir de Jerusalém.
  3. Segundo a conceção cósmica bíblica as montanhas têm os seus fundamentos no coração de mares inferiores.
  4. A cidade é Jerusalém. O rio e os seus canais são ingredientes simbólicos que procuram ver a cidade como uma fonte cósmica de nascentes de vida, à semelhança da visão apresentada no livro de Ezequiel, cujos caps. 47 e 48 poderiam quase ser considerados como um comentário ao presente v. deste salmo. O ponto de partida real e humilde para esta referência simbólica pode ser a nascente do Cédron, que brota debaixo do monte do templo.
  5. Alguns associam este v. com os relatos constantes em 2Rs 18-19; referem-se às invasões assírias na Palestina, das quais Jerusalém conseguiu sair ilesa.
  6. Lit.: até aos confins da terra. Poderia referir-se ao país, mas a referência aos confins e o tom cosmogónico de todo o texto sugere como mais plausível pensar nos confins do mundo.



Salmos

1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27   28   29   30   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40   41   42   43   44   45   46   47   48   49   50   51   52   53   54   55   56   57   58   59   60   61   62   63   64   65   66   67   68   69   70   71   72   73   74   75   76   77   78   79   80   81   82   83   84   85   86   87   88   89   90   91   92   93   94   95   96   97   98   99   100   101   102   103   104   105   106   107   108   109   110   111   112   113   114   115   116   117   118   119   120   121   122   123   124   125   126   127   128   129   130   131   132   133   134   135   136   137   138   139   140   141   142   143   144   145   146   147   148   149   150