Mt 15: Difference between revisions

From Biblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos
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15 Jesus e as tradições farisaicas (Mc 7,1-13) – <span style="color:red"><sup>1</sup></span>Então, de Jerusalém, vieram ter com Jesus uns fariseus e doutores da lei, dizendo: <span style="color:red"><sup>2</sup></span>«Por que razão violam os teus discípulos a tradição dos antigos? É que não lavam as suas mãos quando comem pão»<ref name="ftn168">Em 15,1-20 fica claro que a Igreja judeo-cristã de Mt vivia tempos de tensão com as tradições dos judeus em defesa da sua identidade e ortodoxia.</ref>. <span style="color:red"><sup>3</sup></span>Ele, respondendo, disse-lhes: «E por que razão violais vós o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? <span style="color:red"><sup>4</sup></span>Pois Deus disse: ''Honra o pai e a mãe'' e ''Quem maldisser o pai ou a mãe seja punido com a morte''<ref name="ftn169">Lit: ''que com morte pereça''.</ref><nowiki>; </nowiki><span style="color:red"><sup>5</sup></span>mas vós dizeis: "Aquele que disser ao pai ou à mãe: 'Aquilo com que poderias ser ajudado por mim foi uma oferta a Deus'<ref name="ftn170">Lit: ''é oferta o que de mim te aproveitaria''. Os bens que os filhos ofereciam no templo tornavam-se sagrados (Nm 30,2-4), o que impedia os pais de os reclamarem. Esta prática evoluiu para uma estratégia legal, usada pelos filhos para se ilibarem da responsabilidade de sustentar os progenitores.</ref>, <span style="color:red"><sup>6</sup></span>esse já não terá de honrar o seu pai". Tornastes inválida a palavra de Deus por causa da vossa tradição. <span style="color:red"><sup>7</sup></span>Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vós, dizendo:
<span style="color:red">Jesus e as tradições farisaicas (Mc 7,1-13) – </span><span style="color:red"><sup>1</sup></span>Então, de Jerusalém, vieram ter com Jesus uns fariseus e doutores da lei, dizendo: <span style="color:red"><sup>2</sup></span>«Por que razão violam os teus discípulos a tradição dos antigos? É que não lavam as suas mãos quando comem pão»<ref name="ftn168">Em 15,1-20 fica claro que a Igreja judeo-cristã de Mt vivia tempos de tensão com as tradições dos judeus em defesa da sua identidade e ortodoxia.</ref>. <span style="color:red"><sup>3</sup></span>Ele, respondendo, disse-lhes: «E por que razão violais vós o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? <span style="color:red"><sup>4</sup></span>Pois Deus disse: ''Honra o pai e a mãe'' e ''Quem maldisser o pai ou a mãe seja punido com a morte''<ref name="ftn169">Lit: ''que com morte pereça''.</ref><nowiki>; </nowiki><span style="color:red"><sup>5</sup></span>mas vós dizeis: "Aquele que disser ao pai ou à mãe: 'Aquilo com que poderias ser ajudado por mim foi uma oferta a Deus'<ref name="ftn170">Lit: ''é oferta o que de mim te aproveitaria''. Os bens que os filhos ofereciam no templo tornavam-se sagrados (Nm 30,2-4), o que impedia os pais de os reclamarem. Esta prática evoluiu para uma estratégia legal, usada pelos filhos para se ilibarem da responsabilidade de sustentar os progenitores.</ref>, <span style="color:red"><sup>6</sup></span>esse já não terá de honrar o seu pai". Tornastes inválida a palavra de Deus por causa da vossa tradição. <span style="color:red"><sup>7</sup></span>Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vós, dizendo:


<span style="color:red"><sup>8</sup></span>''Este povo honra-me com os lábios,''
<span style="color:red"><sup>8</sup></span>''Este povo honra-me com os lábios,''
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Ensinamento sobre o puro e o impuro (Mc 15,10-20) – <span style="color:red"><sup>10</sup></span>E, chamando a si a multidão, disse-lhes: «Ouvi e entendei: <span style="color:red"><sup>11</sup></span>não é o que entra pela boca que torna o homem impuro; pelo contrário, o que sai da boca é o que torna o homem impuro<ref name="ftn172">As preocupações com as prescrições para preservar as regras de pureza eram bastante grandes no judaísmo palestinense do tempo de Jesus (cf. Gn 7,2; Lv 11,1; Os 9,4; Am 7,17; Mc 7,3.14-23), ao ponto de se tornarem um tratado autónomo sobre as leis de impureza (''tehōrôt'') na ''Michná''.</ref>».  
<span style="color:red">Ensinamento sobre o puro e o impuro (Mc 15,10-20) – </span><span style="color:red"><sup>10</sup></span>E, chamando a si a multidão, disse-lhes: «Ouvi e entendei: <span style="color:red"><sup>11</sup></span>não é o que entra pela boca que torna o homem impuro; pelo contrário, o que sai da boca é o que torna o homem impuro<ref name="ftn172">As preocupações com as prescrições para preservar as regras de pureza eram bastante grandes no judaísmo palestinense do tempo de Jesus (cf. Gn 7,2; Lv 11,1; Os 9,4; Am 7,17; Mc 7,3.14-23), ao ponto de se tornarem um tratado autónomo sobre as leis de impureza (''tehōrôt'') na ''Michná''.</ref>».  


<span style="color:red"><sup>12</sup></span>Então, aproximando-se, os discípulos disseram-lhe: «Sabes que os fariseus se escandalizaram ao ouvir estas palavras<ref name="ftn173">Lit.: ''a palavra''.</ref>?». <span style="color:red"><sup>13</sup></span>Mas Ele, respondendo, disse: «Toda a planta que o meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz. <span style="color:red"><sup>14</sup></span>Deixai-os: são cegos, guias de cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão numa cova».  
<span style="color:red"><sup>12</sup></span>Então, aproximando-se, os discípulos disseram-lhe: «Sabes que os fariseus se escandalizaram ao ouvir estas palavras<ref name="ftn173">Lit.: ''a palavra''.</ref>?». <span style="color:red"><sup>13</sup></span>Mas Ele, respondendo, disse: «Toda a planta que o meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz. <span style="color:red"><sup>14</sup></span>Deixai-os: são cegos, guias de cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão numa cova».  
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A fé da mulher cananeia e cura da sua filha (Mc 7,24-30) – <span style="color:red"><sup>21</sup></span>Saindo dali, Jesus retirou-se para as regiões de Tiro e Sídon<ref name="ftn175">As regiões de Tiro e de Sídon eram consideradas pagãs.</ref>. <span style="color:red"><sup>22</sup></span>E eis que uma mulher cananeia, vinda daquelas regiões, gritava, dizendo: «Tem misericórdia de mim, Senhor, Filho de David! A minha filha está terrivelmente endemoniada». <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Mas Ele nem uma palavra lhe respondeu. Vieram então ter com Ele os seus discípulos e pediam-lhe, dizendo: «Manda-a embora, porque vem a gritar atrás de nós». <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Ele, porém, em resposta, disse: «Fui enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel». <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Mas ela veio ajoelhar-se diante dele, dizendo: «Senhor, ajuda-me!». <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Ele, em resposta, disse: «Não está bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos». <span style="color:red"><sup>27</sup></span>Mas ela disse: «Sim, Senhor; mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos». <span style="color:red"><sup>28</sup></span>Então, em resposta, Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como queres». E a sua filha ficou curada a partir daquela hora.
<span style="color:red">A fé da mulher cananeia e cura da sua filha (Mc 7,24-30) – </span><span style="color:red"><sup>21</sup></span>Saindo dali, Jesus retirou-se para as regiões de Tiro e Sídon<ref name="ftn175">As regiões de Tiro e de Sídon eram consideradas pagãs.</ref>. <span style="color:red"><sup>22</sup></span>E eis que uma mulher cananeia, vinda daquelas regiões, gritava, dizendo: «Tem misericórdia de mim, Senhor, Filho de David! A minha filha está terrivelmente endemoniada». <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Mas Ele nem uma palavra lhe respondeu. Vieram então ter com Ele os seus discípulos e pediam-lhe, dizendo: «Manda-a embora, porque vem a gritar atrás de nós». <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Ele, porém, em resposta, disse: «Fui enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel». <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Mas ela veio ajoelhar-se diante dele, dizendo: «Senhor, ajuda-me!». <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Ele, em resposta, disse: «Não está bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos». <span style="color:red"><sup>27</sup></span>Mas ela disse: «Sim, Senhor; mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos». <span style="color:red"><sup>28</sup></span>Então, em resposta, Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como queres». E a sua filha ficou curada a partir daquela hora.




Muitos outros são curados ''''<span style="color:red"><sup>29</sup></span>Partindo dali, Jesus foi para o mar da Galileia e, subindo ao monte, aí se sentou. <span style="color:red"><sup>30</sup></span>Vieram ter com Ele numerosas multidões, que tinham consigo coxos, cegos, estropiados, mudos e muitos outros; lançavam-nos aos seus pés e Ele curava-os, <span style="color:red"><sup>31</sup></span>de tal modo que a multidão se admirava ao ver os mudos falar, os estropiados ficarem sãos, os coxos andar e os cegos ver, e glorificavam o Deus de Israel.
<span style="color:red">Muitos outros são curados – </span><span style="color:red"><sup>29</sup></span>Partindo dali, Jesus foi para o mar da Galileia e, subindo ao monte, aí se sentou. <span style="color:red"><sup>30</sup></span>Vieram ter com Ele numerosas multidões, que tinham consigo coxos, cegos, estropiados, mudos e muitos outros; lançavam-nos aos seus pés e Ele curava-os, <span style="color:red"><sup>31</sup></span>de tal modo que a multidão se admirava ao ver os mudos falar, os estropiados ficarem sãos, os coxos andar e os cegos ver, e glorificavam o Deus de Israel.




Segunda multiplicação dos pães (Mc 8,1-10) – <span style="color:red"><sup>32</sup></span>Jesus, chamando a si os seus discípulos, disse: «Estou profundamente compadecido da multidão, porque há já três dias que permanecem junto de mim e não têm o que comer. E não quero despedi-los em jejum, não vão eles desfalecer no caminho». <span style="color:red"><sup>33</sup></span>Disseram-lhe os discípulos: «De onde nos viriam, num deserto, pães suficientes para saciar tamanha multidão?». <span style="color:red"><sup>34</sup></span>Disse-lhes Jesus: «Quantos pães tendes?». Eles disseram: «Sete e alguns peixes pequenos». <span style="color:red"><sup>35</sup></span>E, ordenando à multidão que se reclinasse sobre a terra, <span style="color:red"><sup>36</sup></span>tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. <span style="color:red"><sup>37</sup></span>Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram sete cestos cheios. <span style="color:red"><sup>38</sup></span>Os que comeram eram quatro mil homens<ref name="ftn176">Este número parece indicar que os destinatários são não judeus, pois a plenitude evocada no número mil espalha-se aos quatro cantos da terra, ou seja, de uma maneira universal.</ref>, sem contar mulheres e crianças. <span style="color:red"><sup>39</sup></span>Despedindo as multidões, subiu para o barco e foi para a região de Magadan<ref name="ftn177">Região desconhecida. É possível que se trate de uma corruptela de ''Magdala''.</ref>.
<span style="color:red">Segunda multiplicação dos pães (Mc 8,1-10) – </span><span style="color:red"><sup>32</sup></span>Jesus, chamando a si os seus discípulos, disse: «Estou profundamente compadecido da multidão, porque há já três dias que permanecem junto de mim e não têm o que comer. E não quero despedi-los em jejum, não vão eles desfalecer no caminho». <span style="color:red"><sup>33</sup></span>Disseram-lhe os discípulos: «De onde nos viriam, num deserto, pães suficientes para saciar tamanha multidão?». <span style="color:red"><sup>34</sup></span>Disse-lhes Jesus: «Quantos pães tendes?». Eles disseram: «Sete e alguns peixes pequenos». <span style="color:red"><sup>35</sup></span>E, ordenando à multidão que se reclinasse sobre a terra, <span style="color:red"><sup>36</sup></span>tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. <span style="color:red"><sup>37</sup></span>Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram sete cestos cheios. <span style="color:red"><sup>38</sup></span>Os que comeram eram quatro mil homens<ref name="ftn176">Este número parece indicar que os destinatários são não judeus, pois a plenitude evocada no número mil espalha-se aos quatro cantos da terra, ou seja, de uma maneira universal.</ref>, sem contar mulheres e crianças. <span style="color:red"><sup>39</sup></span>Despedindo as multidões, subiu para o barco e foi para a região de Magadan<ref name="ftn177">Região desconhecida. É possível que se trate de uma corruptela de ''Magdala''.</ref>.





Latest revision as of 17:42, 20 December 2019

Jesus e as tradições farisaicas (Mc 7,1-13) – 1Então, de Jerusalém, vieram ter com Jesus uns fariseus e doutores da lei, dizendo: 2«Por que razão violam os teus discípulos a tradição dos antigos? É que não lavam as suas mãos quando comem pão»[1]. 3Ele, respondendo, disse-lhes: «E por que razão violais vós o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? 4Pois Deus disse: Honra o pai e a mãe e Quem maldisser o pai ou a mãe seja punido com a morte[2]; 5mas vós dizeis: "Aquele que disser ao pai ou à mãe: 'Aquilo com que poderias ser ajudado por mim foi uma oferta a Deus'[3], 6esse já não terá de honrar o seu pai". Tornastes inválida a palavra de Deus por causa da vossa tradição. 7Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vós, dizendo:

8Este povo honra-me com os lábios,

mas o coração deles está longe de mim;

9em vão me prestam culto,

ensinando doutrinas que são mandamentos de homens»[4].


Ensinamento sobre o puro e o impuro (Mc 15,10-20) – 10E, chamando a si a multidão, disse-lhes: «Ouvi e entendei: 11não é o que entra pela boca que torna o homem impuro; pelo contrário, o que sai da boca é o que torna o homem impuro[5]».

12Então, aproximando-se, os discípulos disseram-lhe: «Sabes que os fariseus se escandalizaram ao ouvir estas palavras[6]?». 13Mas Ele, respondendo, disse: «Toda a planta que o meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz. 14Deixai-os: são cegos, guias de cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão numa cova».

15Em resposta, Pedro disse-lhe: «Explica-nos esta parábola». 16Ele disse: «Será que também vós estais privados de inteligência? 17Não aceitais que tudo o que entra pela boca passa para o ventre e é expelido para uma fossa? 18Mas o que provém da boca sai do coração e é isso que torna o homem impuro. 19Pois é do coração que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, promiscuidades, roubos, difamações, blasfémias[7]. 20São estas coisas que tornam o homem impuro; comer sem lavar as mãos não torna o homem impuro».


A fé da mulher cananeia e cura da sua filha (Mc 7,24-30) – 21Saindo dali, Jesus retirou-se para as regiões de Tiro e Sídon[8]. 22E eis que uma mulher cananeia, vinda daquelas regiões, gritava, dizendo: «Tem misericórdia de mim, Senhor, Filho de David! A minha filha está terrivelmente endemoniada». 23Mas Ele nem uma palavra lhe respondeu. Vieram então ter com Ele os seus discípulos e pediam-lhe, dizendo: «Manda-a embora, porque vem a gritar atrás de nós». 24Ele, porém, em resposta, disse: «Fui enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel». 25Mas ela veio ajoelhar-se diante dele, dizendo: «Senhor, ajuda-me!». 26Ele, em resposta, disse: «Não está bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos». 27Mas ela disse: «Sim, Senhor; mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos». 28Então, em resposta, Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como queres». E a sua filha ficou curada a partir daquela hora.


Muitos outros são curados – 29Partindo dali, Jesus foi para o mar da Galileia e, subindo ao monte, aí se sentou. 30Vieram ter com Ele numerosas multidões, que tinham consigo coxos, cegos, estropiados, mudos e muitos outros; lançavam-nos aos seus pés e Ele curava-os, 31de tal modo que a multidão se admirava ao ver os mudos falar, os estropiados ficarem sãos, os coxos andar e os cegos ver, e glorificavam o Deus de Israel.


Segunda multiplicação dos pães (Mc 8,1-10) – 32Jesus, chamando a si os seus discípulos, disse: «Estou profundamente compadecido da multidão, porque há já três dias que permanecem junto de mim e não têm o que comer. E não quero despedi-los em jejum, não vão eles desfalecer no caminho». 33Disseram-lhe os discípulos: «De onde nos viriam, num deserto, pães suficientes para saciar tamanha multidão?». 34Disse-lhes Jesus: «Quantos pães tendes?». Eles disseram: «Sete e alguns peixes pequenos». 35E, ordenando à multidão que se reclinasse sobre a terra, 36tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. 37Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram sete cestos cheios. 38Os que comeram eram quatro mil homens[9], sem contar mulheres e crianças. 39Despedindo as multidões, subiu para o barco e foi para a região de Magadan[10].



  1. Em 15,1-20 fica claro que a Igreja judeo-cristã de Mt vivia tempos de tensão com as tradições dos judeus em defesa da sua identidade e ortodoxia.
  2. Lit: que com morte pereça.
  3. Lit: é oferta o que de mim te aproveitaria. Os bens que os filhos ofereciam no templo tornavam-se sagrados (Nm 30,2-4), o que impedia os pais de os reclamarem. Esta prática evoluiu para uma estratégia legal, usada pelos filhos para se ilibarem da responsabilidade de sustentar os progenitores.
  4. Is 29,13.
  5. As preocupações com as prescrições para preservar as regras de pureza eram bastante grandes no judaísmo palestinense do tempo de Jesus (cf. Gn 7,2; Lv 11,1; Os 9,4; Am 7,17; Mc 7,3.14-23), ao ponto de se tornarem um tratado autónomo sobre as leis de impureza (tehōrôt) na Michná.
  6. Lit.: a palavra.
  7. O termo blasphēmía também pode significar calúnia, boato.
  8. As regiões de Tiro e de Sídon eram consideradas pagãs.
  9. Este número parece indicar que os destinatários são não judeus, pois a plenitude evocada no número mil espalha-se aos quatro cantos da terra, ou seja, de uma maneira universal.
  10. Região desconhecida. É possível que se trate de uma corruptela de Magdala.



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