Mt 14: Difference between revisions
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<span style="color:red">Martírio de João Batista (Mc 6,14-29; Lc 3,19s; 9,7-9) – </span><span style="color:red"><sup>1</sup></span>Naquele tempo, o tetrarca Herodes<ref name="ftn161">Herodes Ântipas, filho de Herodes, o Grande, que herdou as províncias da Galileia e da Pereia, um estado que era uma quarta parte do reino do pai (cf. Lc 3,1s.19; 9,7; At 13,1). Daí o título ''tetrarca'', atribuído ao líder de cada um dos quatro estados, todos eles sob o domínio romano''.''</ref> ouviu falar da fama de Jesus <span style="color:red"><sup>2</sup></span>e disse aos seus servos: «Este é João Batista! Ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, os poderes atuam nele». <span style="color:red"><sup>3</sup></span>De facto, Herodes, tendo preso João, acorrentou-o e pô-lo na prisão por causa de Herodíade<ref name="ftn162">Herodíade, filha de Aristobulo e Berenice, mulher de Herodes Filipe, desposou ilegalmente Herodes Ântipas, seu tio (cf. Lc 3,19). Herodes Ântipas tinha repudiado a primeira mulher, filha do rei nabateu Aretas (cf. Flávio Josefo, ''Bell.Jud'' I,8.9; I,28.4; II,11.6; ''Ant.Jud'' XVII,7.3; XVIII,5.4).</ref>, a mulher do seu irmão Filipe, <span style="color:red"><sup>4</sup></span>pois João dizia-lhe: «Não te é permitido tê-la por mulher». <span style="color:red"><sup>5</sup></span>Herodes quis matá-lo, mas temia a multidão, porque o tinham como profeta. | |||
<span style="color:red"><sup>6</sup></span>No aniversário de Herodes, a filha de Herodíade dançou no meio de todos<ref name="ftn163">Lit.: ''dançou do meio''.</ref> e agradou a Herodes, <span style="color:red"><sup>7</sup></span>de tal modo que lhe prometeu sob juramento dar-lhe o que ela pedisse. <span style="color:red"><sup>8</sup></span>Ela, instigada pela sua mãe, afirmou: «Dá-me aqui, numa bandeja, a cabeça de João Batista». <span style="color:red"><sup>9</sup></span>O rei ficou triste, mas, por causa dos juramentos e dos que estavam reclinados à mesa com ele, ordenou que lha dessem <span style="color:red"><sup>10</sup></span>e mandou decapitar João na prisão. <span style="color:red"><sup>11</sup></span>Trouxeram a sua cabeça numa bandeja e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. <span style="color:red"><sup>12</sup></span>Os discípulos de João vieram buscar o cadáver, sepultaram-no e foram anunciá-lo a Jesus. | <span style="color:red"><sup>6</sup></span>No aniversário de Herodes, a filha de Herodíade dançou no meio de todos<ref name="ftn163">Lit.: ''dançou do meio''.</ref> e agradou a Herodes, <span style="color:red"><sup>7</sup></span>de tal modo que lhe prometeu sob juramento dar-lhe o que ela pedisse. <span style="color:red"><sup>8</sup></span>Ela, instigada pela sua mãe, afirmou: «Dá-me aqui, numa bandeja, a cabeça de João Batista». <span style="color:red"><sup>9</sup></span>O rei ficou triste, mas, por causa dos juramentos e dos que estavam reclinados à mesa com ele, ordenou que lha dessem <span style="color:red"><sup>10</sup></span>e mandou decapitar João na prisão. <span style="color:red"><sup>11</sup></span>Trouxeram a sua cabeça numa bandeja e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. <span style="color:red"><sup>12</sup></span>Os discípulos de João vieram buscar o cadáver, sepultaram-no e foram anunciá-lo a Jesus. | ||
Primeira multiplicação dos pães (Mc 6,31-44; Lc 9,10-17; Jo 6,1-13) – <span style="color:red"><sup>13</sup></span>Ao ouvir isto, Jesus retirou-se dali num barco e foi a sós para um lugar deserto. Quando as multidões ouviram isto, seguiram-no a pé a partir das cidades. <span style="color:red"><sup>14</sup></span>Ao sair, Ele viu uma numerosa multidão, compadeceu-se profundamente deles e curou os seus enfermos. <span style="color:red"><sup>15</sup></span>Ao cair da tarde, foram ter com Ele os discípulos, dizendo: «O lugar é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora as multidões para irem às povoações comprar alimentos para si». <span style="color:red"><sup>16</sup></span>Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de se ir embora. Dai-lhes vós de comer». <span style="color:red"><sup>17</sup></span>Eles disseram-lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». <span style="color:red"><sup>18</sup></span>Ele disse: «Trazei-mos cá». <span style="color:red"><sup>19</sup></span>Depois de ordenar às multidões que se reclinassem sobre a erva, tomando os cinco pães e os dois peixes, e levantando os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. <span style="color:red"><sup>20</sup></span>Todos comeram e ficaram saciados, e recolheram o que sobrou dos pedaços: doze cestas cheias<ref name="ftn164">Esta primeira multiplicação dos pães evoca o alimento do maná dado por Deus a Israel no deserto (cf. Ex 16,4s.15-36; Sl 78,24-30; Sb 16,20-21) e a recolha nos cestos evoca um outro episódio do AT passado com Eliseu e o seu servo (2Rs 4,42-44). São ainda claras, neste relato e nos outros cinco dos evangelhos, as afinidades com os da última Ceia de Jesus e a celebração da Eucaristia desde os primórdios da Igreja.</ref>. <span style="color:red"><sup>21</sup></span>Os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. | <span style="color:red">Primeira multiplicação dos pães (Mc 6,31-44; Lc 9,10-17; Jo 6,1-13) – </span><span style="color:red"><sup>13</sup></span>Ao ouvir isto, Jesus retirou-se dali num barco e foi a sós para um lugar deserto. Quando as multidões ouviram isto, seguiram-no a pé a partir das cidades. <span style="color:red"><sup>14</sup></span>Ao sair, Ele viu uma numerosa multidão, compadeceu-se profundamente deles e curou os seus enfermos. <span style="color:red"><sup>15</sup></span>Ao cair da tarde, foram ter com Ele os discípulos, dizendo: «O lugar é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora as multidões para irem às povoações comprar alimentos para si». <span style="color:red"><sup>16</sup></span>Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de se ir embora. Dai-lhes vós de comer». <span style="color:red"><sup>17</sup></span>Eles disseram-lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». <span style="color:red"><sup>18</sup></span>Ele disse: «Trazei-mos cá». <span style="color:red"><sup>19</sup></span>Depois de ordenar às multidões que se reclinassem sobre a erva, tomando os cinco pães e os dois peixes, e levantando os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. <span style="color:red"><sup>20</sup></span>Todos comeram e ficaram saciados, e recolheram o que sobrou dos pedaços: doze cestas cheias<ref name="ftn164">Esta primeira multiplicação dos pães evoca o alimento do maná dado por Deus a Israel no deserto (cf. Ex 16,4s.15-36; Sl 78,24-30; Sb 16,20-21) e a recolha nos cestos evoca um outro episódio do AT passado com Eliseu e o seu servo (2Rs 4,42-44). São ainda claras, neste relato e nos outros cinco dos evangelhos, as afinidades com os da última Ceia de Jesus e a celebração da Eucaristia desde os primórdios da Igreja.</ref>. <span style="color:red"><sup>21</sup></span>Os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. | ||
Jesus caminha sobre as águas (Mc 6,45-52; Jo 6,15-21) – <span style="color:red"><sup>22</sup></span>E imediatamente obrigou os discípulos a entrar no barco e a ir à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Depois de despedir as multidões, subiu ao monte a sós para rezar. Ao cair da tarde, Ele estava ali sozinho. <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Entretanto, o barco já estava a muitos estádios da terra, atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Pela quarta vigília da noite<ref name="ftn165">A quarta vigília da noite corresponde ao último período de três horas antes da madrugada, i.e., ao período entre as três e as seis da manhã, antes de o sol se levantar, quando no horizonte já se começa a entrever o tom rosa da aurora. Esta referência é significativa, porque indica que Jesus, a nova luz, vem ao encontro dos discípulos com o seu poder divino, já que só Deus podia assim dominar as forças do mar e do mal.</ref> foi ter com eles, caminhando sobre o mar. <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Mas os discípulos, ao vê-lo caminhar sobre o mar, ficaram muito perturbados, dizendo que era um fantasma, e, com medo, começaram a gritar. <span style="color:red"><sup>27</sup></span>Imediatamente lhes falou Jesus, dizendo: «Tende coragem, sou Eu; não tenhais medo!». | |||
<span style="color:red">Jesus caminha sobre as águas (Mc 6,45-52; Jo 6,15-21) – </span><span style="color:red"><sup>22</sup></span>E imediatamente obrigou os discípulos a entrar no barco e a ir à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Depois de despedir as multidões, subiu ao monte a sós para rezar. Ao cair da tarde, Ele estava ali sozinho. <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Entretanto, o barco já estava a muitos estádios da terra, atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Pela quarta vigília da noite<ref name="ftn165">A quarta vigília da noite corresponde ao último período de três horas antes da madrugada, i.e., ao período entre as três e as seis da manhã, antes de o sol se levantar, quando no horizonte já se começa a entrever o tom rosa da aurora. Esta referência é significativa, porque indica que Jesus, a nova luz, vem ao encontro dos discípulos com o seu poder divino, já que só Deus podia assim dominar as forças do mar e do mal.</ref> foi ter com eles, caminhando sobre o mar. <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Mas os discípulos, ao vê-lo caminhar sobre o mar, ficaram muito perturbados, dizendo que era um fantasma, e, com medo, começaram a gritar. <span style="color:red"><sup>27</sup></span>Imediatamente lhes falou Jesus, dizendo: «Tende coragem, sou Eu; não tenhais medo!». | |||
<span style="color:red"><sup>28</sup></span>Pedro<ref name="ftn166">Os vv. 28-31 sobre a pessoa de Pedro são exclusivos de Mt. Entre Jesus e Pedro há uma relação profunda (cf. também 16,17-19 e 17,24-27).</ref>, respondendo-lhe, disse: «Senhor, se és Tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas». <span style="color:red"><sup>29</sup></span>Ele disse: «Vem». E, descendo do barco, Pedro começou a caminhar sobre as águas e foi ter com Jesus. <span style="color:red"><sup>30</sup></span>Mas, ao ver o vento forte, teve medo, começou a afundar-se e gritou, dizendo: «Senhor, salva-me». <span style="color:red"><sup>31</sup></span>Imediatamente Jesus lhe estendeu a mão, agarrou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». <span style="color:red"><sup>32</sup></span>E, depois de eles subirem para o barco, o vento amainou. <span style="color:red"><sup>33</sup></span>E os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: «És verdadeiramente Filho de Deus!». | <span style="color:red"><sup>28</sup></span>Pedro<ref name="ftn166">Os vv. 28-31 sobre a pessoa de Pedro são exclusivos de Mt. Entre Jesus e Pedro há uma relação profunda (cf. também 16,17-19 e 17,24-27).</ref>, respondendo-lhe, disse: «Senhor, se és Tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas». <span style="color:red"><sup>29</sup></span>Ele disse: «Vem». E, descendo do barco, Pedro começou a caminhar sobre as águas e foi ter com Jesus. <span style="color:red"><sup>30</sup></span>Mas, ao ver o vento forte, teve medo, começou a afundar-se e gritou, dizendo: «Senhor, salva-me». <span style="color:red"><sup>31</sup></span>Imediatamente Jesus lhe estendeu a mão, agarrou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». <span style="color:red"><sup>32</sup></span>E, depois de eles subirem para o barco, o vento amainou. <span style="color:red"><sup>33</sup></span>E os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: «És verdadeiramente Filho de Deus!». | ||
Curas em Genesaré (Mc 6,53-56) – <span style="color:red"><sup>34</sup></span>Feita a travessia, chegaram a terra em Genesaré. <span style="color:red"><sup>35</sup></span>Ao reconhecê-lo, os homens daquele lugar espalharam a notícia<ref name="ftn167">Lit.: ''enviaram'' (subentende-se ''notícia''). </ref> por toda aquela região. Trouxeram-lhe, então, todos os que tinham algum mal <span style="color:red"><sup>36</sup></span>e suplicavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na franja da sua capa. E todos quantos tocaram foram salvos. | <span style="color:red">Curas em Genesaré (Mc 6,53-56) – </span><span style="color:red"><sup>34</sup></span>Feita a travessia, chegaram a terra em Genesaré. <span style="color:red"><sup>35</sup></span>Ao reconhecê-lo, os homens daquele lugar espalharam a notícia<ref name="ftn167">Lit.: ''enviaram'' (subentende-se ''notícia''). </ref> por toda aquela região. Trouxeram-lhe, então, todos os que tinham algum mal <span style="color:red"><sup>36</sup></span>e suplicavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na franja da sua capa. E todos quantos tocaram foram salvos. | ||
Latest revision as of 16:31, 19 December 2019
Martírio de João Batista (Mc 6,14-29; Lc 3,19s; 9,7-9) – 1Naquele tempo, o tetrarca Herodes[1] ouviu falar da fama de Jesus 2e disse aos seus servos: «Este é João Batista! Ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, os poderes atuam nele». 3De facto, Herodes, tendo preso João, acorrentou-o e pô-lo na prisão por causa de Herodíade[2], a mulher do seu irmão Filipe, 4pois João dizia-lhe: «Não te é permitido tê-la por mulher». 5Herodes quis matá-lo, mas temia a multidão, porque o tinham como profeta.
6No aniversário de Herodes, a filha de Herodíade dançou no meio de todos[3] e agradou a Herodes, 7de tal modo que lhe prometeu sob juramento dar-lhe o que ela pedisse. 8Ela, instigada pela sua mãe, afirmou: «Dá-me aqui, numa bandeja, a cabeça de João Batista». 9O rei ficou triste, mas, por causa dos juramentos e dos que estavam reclinados à mesa com ele, ordenou que lha dessem 10e mandou decapitar João na prisão. 11Trouxeram a sua cabeça numa bandeja e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. 12Os discípulos de João vieram buscar o cadáver, sepultaram-no e foram anunciá-lo a Jesus.
Primeira multiplicação dos pães (Mc 6,31-44; Lc 9,10-17; Jo 6,1-13) – 13Ao ouvir isto, Jesus retirou-se dali num barco e foi a sós para um lugar deserto. Quando as multidões ouviram isto, seguiram-no a pé a partir das cidades. 14Ao sair, Ele viu uma numerosa multidão, compadeceu-se profundamente deles e curou os seus enfermos. 15Ao cair da tarde, foram ter com Ele os discípulos, dizendo: «O lugar é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora as multidões para irem às povoações comprar alimentos para si». 16Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de se ir embora. Dai-lhes vós de comer». 17Eles disseram-lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». 18Ele disse: «Trazei-mos cá». 19Depois de ordenar às multidões que se reclinassem sobre a erva, tomando os cinco pães e os dois peixes, e levantando os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. 20Todos comeram e ficaram saciados, e recolheram o que sobrou dos pedaços: doze cestas cheias[4]. 21Os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Jesus caminha sobre as águas (Mc 6,45-52; Jo 6,15-21) – 22E imediatamente obrigou os discípulos a entrar no barco e a ir à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. 23Depois de despedir as multidões, subiu ao monte a sós para rezar. Ao cair da tarde, Ele estava ali sozinho. 24Entretanto, o barco já estava a muitos estádios da terra, atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pela quarta vigília da noite[5] foi ter com eles, caminhando sobre o mar. 26Mas os discípulos, ao vê-lo caminhar sobre o mar, ficaram muito perturbados, dizendo que era um fantasma, e, com medo, começaram a gritar. 27Imediatamente lhes falou Jesus, dizendo: «Tende coragem, sou Eu; não tenhais medo!».
28Pedro[6], respondendo-lhe, disse: «Senhor, se és Tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas». 29Ele disse: «Vem». E, descendo do barco, Pedro começou a caminhar sobre as águas e foi ter com Jesus. 30Mas, ao ver o vento forte, teve medo, começou a afundar-se e gritou, dizendo: «Senhor, salva-me». 31Imediatamente Jesus lhe estendeu a mão, agarrou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». 32E, depois de eles subirem para o barco, o vento amainou. 33E os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: «És verdadeiramente Filho de Deus!».
Curas em Genesaré (Mc 6,53-56) – 34Feita a travessia, chegaram a terra em Genesaré. 35Ao reconhecê-lo, os homens daquele lugar espalharam a notícia[7] por toda aquela região. Trouxeram-lhe, então, todos os que tinham algum mal 36e suplicavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na franja da sua capa. E todos quantos tocaram foram salvos.
- ↑ Herodes Ântipas, filho de Herodes, o Grande, que herdou as províncias da Galileia e da Pereia, um estado que era uma quarta parte do reino do pai (cf. Lc 3,1s.19; 9,7; At 13,1). Daí o título tetrarca, atribuído ao líder de cada um dos quatro estados, todos eles sob o domínio romano.
- ↑ Herodíade, filha de Aristobulo e Berenice, mulher de Herodes Filipe, desposou ilegalmente Herodes Ântipas, seu tio (cf. Lc 3,19). Herodes Ântipas tinha repudiado a primeira mulher, filha do rei nabateu Aretas (cf. Flávio Josefo, Bell.Jud I,8.9; I,28.4; II,11.6; Ant.Jud XVII,7.3; XVIII,5.4).
- ↑ Lit.: dançou do meio.
- ↑ Esta primeira multiplicação dos pães evoca o alimento do maná dado por Deus a Israel no deserto (cf. Ex 16,4s.15-36; Sl 78,24-30; Sb 16,20-21) e a recolha nos cestos evoca um outro episódio do AT passado com Eliseu e o seu servo (2Rs 4,42-44). São ainda claras, neste relato e nos outros cinco dos evangelhos, as afinidades com os da última Ceia de Jesus e a celebração da Eucaristia desde os primórdios da Igreja.
- ↑ A quarta vigília da noite corresponde ao último período de três horas antes da madrugada, i.e., ao período entre as três e as seis da manhã, antes de o sol se levantar, quando no horizonte já se começa a entrever o tom rosa da aurora. Esta referência é significativa, porque indica que Jesus, a nova luz, vem ao encontro dos discípulos com o seu poder divino, já que só Deus podia assim dominar as forças do mar e do mal.
- ↑ Os vv. 28-31 sobre a pessoa de Pedro são exclusivos de Mt. Entre Jesus e Pedro há uma relação profunda (cf. também 16,17-19 e 17,24-27).
- ↑ Lit.: enviaram (subentende-se notícia).
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