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From Biblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos
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Latest revision as of 09:49, 18 December 2019

95(94) Exortação ao louvor de Deus

 

1 Vinde! Exultemos de alegria no Senhor[1],

aclamemos o rochedo[2] da nossa salvação.

2 Vamos à sua presença com hinos de louvor,

aclamemo-lo com cânticos.


3 Pois grande Deus é o Senhor,

é rei poderoso acima de todos os deuses.

4 Na sua mão estão as profundezas da terra,

e são suas as alturas das montanhas.

5 Seu é o mar, pois foi Ele quem o fez,

e a terra firme que as suas mãos modelaram.

6 Entrai, inclinemo-nos e prostremo-nos;

ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.

7 É Ele o nosso Deus e nós, o povo de que Ele é pastor[3],

as ovelhas que a sua mão conduz.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz[4]!


8 «Não endureçais os vossos corações como em Meribá,

como no dia de Massá, no deserto[5],

9 quando os vossos pais me provocaram e puseram à prova,

apesar de terem visto as minhas obras.

10 Durante quarenta anos[6] abominei tal geração,

e disse: “São um povo de coração desorientado
e não reconheceram os meus caminhos!”

11 Por isso jurei na minha ira:

“Não entrarão no meu lugar de repouso[7]».



  1. Este salmo de exortação profética exprime igualmente uma grande intencionalidade litúrgica. O hino inicial sublinha que os motivos para louvar a Deus são o seu domínio absoluto sobre o universo, a sua transcendência criadora e a sua aliança com o povo de Israel (vv. 1-7). O final é um oráculo divino, no sentido de despertar atitudes de fé e docilidade à voz de Deus. A estreita ligação com a piedade litúrgica é o motivo que justifica o frequente uso deste salmo como introdução a diversos ofícios litúrgicos e também a outros exercícios de piedade individual.
  2. Além da referência genérica à proteção de Deus, este rochedo, tendo em conta a parte final do salmo, pode ser uma referência ao rochedo de onde, no deserto, brotaram águas providenciais, numa calamidade de sede (Ex 17,1s).
  3. Com a metáfora do pastoreio para exprimir o governo do povo, o salmista está, para maior garantia, a colocar nas mãos de Deus a função de governar eficazmente o mesmo povo, tarefa que na vida quotidiana devia ser bem exercida pelos reis e outros responsáveis (Sl 74,1; 79,13; 80,1; 100,3).
  4. O hoje sublinha a intenção do salmista em sugerir que os hebreus seus contemporâneos mostrem melhor acolhimento aos planos de Deus que os seus antepassados no deserto. O texto dos vv. 8-11 aparece como discurso direto de Deus a repropor uma meditação sobre aquilo que se tinha passado no deserto.
  5. Meribá, que significa discussão e Massá, provocação, são uma imagem da rebeldia contra as orientações e planos de Deus (Nm 20,1-13; Ex 17,1-7; Dt 6,16; 9,22; 33,8; Sl 81,8). Esta imagem vem de uma época emblemática da história bíblica, e aquilo que o salmista pretende é que o povo não volte a repetir a mesma rebeldia.
  6. Os quarenta anos são o tempo apontado para a permanência dos hebreus no deserto, depois da saída do Egito (Nm 14,34).
  7. A expressão hebraica dá a entender que se trata de um lugar que é de Deus e serve de repouso para o povo. A terra prometida é aqui a alusão mais provável. Haveria ainda a hipótese de ser uma referência ao templo como lugar de repouso de Deus.



Salmos

1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27   28   29   30   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40   41   42   43   44   45   46   47   48   49   50   51   52   53   54   55   56   57   58   59   60   61   62   63   64   65   66   67   68   69   70   71   72   73   74   75   76   77   78   79   80   81   82   83   84   85   86   87   88   89   90   91   92   93   94   95   96   97   98   99   100   101   102   103   104   105   106   107   108   109   110   111   112   113   114   115   116   117   118   119   120   121   122   123   124   125   126   127   128   129   130   131   132   133   134   135   136   137   138   139   140   141   142   143   144   145   146   147   148   149   150