Difference between revisions of "Mc 8"

From Biblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos
Jump to navigation Jump to search
Line 10: Line 10:
 
<span style="color:red">O cego de Betsaida – </span><span style="color:red"><sup>22</sup></span>Foram, então, para Betsaida e trouxeram-lhe um cego, suplicando-lhe que lhe tocasse. <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da povoação. E, tendo-lhe posto saliva nos olhos<ref name="ftn110">Lit.: ''tendo cuspido nos olhos dele''.</ref> e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Ao voltar a ver, dizia: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar». <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Em seguida, impôs-lhe de novo as mãos sobre os olhos, e começou a ver claramente; ficou restabelecido e via tudo com nitidez. <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Enviou-o, então, para sua casa, dizendo: «Não entres sequer na povoação».
 
<span style="color:red">O cego de Betsaida – </span><span style="color:red"><sup>22</sup></span>Foram, então, para Betsaida e trouxeram-lhe um cego, suplicando-lhe que lhe tocasse. <span style="color:red"><sup>23</sup></span>Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da povoação. E, tendo-lhe posto saliva nos olhos<ref name="ftn110">Lit.: ''tendo cuspido nos olhos dele''.</ref> e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». <span style="color:red"><sup>24</sup></span>Ao voltar a ver, dizia: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar». <span style="color:red"><sup>25</sup></span>Em seguida, impôs-lhe de novo as mãos sobre os olhos, e começou a ver claramente; ficou restabelecido e via tudo com nitidez. <span style="color:red"><sup>26</sup></span>Enviou-o, então, para sua casa, dizendo: «Não entres sequer na povoação».
  
<span style="color:red">
+
 
<center>II</center>
+
<span style="color:red"><center>II</center>
  
 
<center>O CAMINHO PARA A MORTE E RESSURREIÇÃO </center>
 
<center>O CAMINHO PARA A MORTE E RESSURREIÇÃO </center>

Revision as of 18:49, 23 December 2019

Segunda multiplicação dos pães (Mt 15,32-39) – 1Naqueles dias, havendo de novo uma numerosa multidão, que não tinha o que comer, Jesus chamou a si os discípulos e disse-lhes: 2«Estou profundamente compadecido da multidão, porque há já três dias que permanecem junto a mim e não têm o que comer. 3Se os despedir em jejum para as suas casas, desfalecerão no caminho, pois alguns deles vieram de longe». 4Responderam-lhe os seus discípulos: «Como poderá alguém saciá-los com pães aqui, neste deserto?». 5Perguntou-lhes Ele: «Quantos pães tendes?». Eles disseram: «Sete». 6Ordenou, então, à multidão que se reclinasse sobre a terra. E, tomando os sete pães e dando graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos para que os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. 7Tinham também alguns pequenos peixes. Pronunciando, então, a bênção sobre eles, disse que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram saciados; e recolheram sete cestos dos pedaços que sobraram. 9Eram cerca de quatro mil. Então despediu-os 10e, subindo imediatamente para o barco com os seus discípulos, foi para a região de Dalmanutá[1].


Os fariseus pedem um sinal do céu (Mt 16,1-4) – 11Saíram, então, os fariseus e começaram a debater com Ele, pedindo-lhe um sinal do céu, para o pôr à prova. 12E Ele, suspirando profundamente[2], disse: «Porque procura esta geração um sinal? Amen vos digo: nenhum sinal será dado a esta geração!». 13E, deixando-os, embarcou de novo e partiu para a outra margem.


O fermento dos fariseus e de Herodes. Incompreensão dos discípulos (Mt 16,5-12) – 14Esqueceram-se de levar pão e não tinham senão um único pão consigo no barco. 15E ele admoestava-os, dizendo: «Vede bem: tomai cuidado[3] com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!». 16Mas eles discutiam uns com os outros, porque não tinham pão. 17Ele, sabendo-o, disse-lhes: «Porque discutis por não terdes pão? Ainda não compreendeis nem entendeis? Tendes o vosso coração endurecido? 18Tendo olhos não vedes, e tendo ouvidos não ouvis[4]? Não vos lembrais, 19quando parti os cinco pães para os cinco mil, de quantas cestas cheias de pedaços recolhestes?». Disseram-lhe: «Doze». 20«E quando parti os sete para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes?». Disseram-lhe: «Sete». 21Dizia-lhes, então: «Ainda não entendeis?».


O cego de Betsaida – 22Foram, então, para Betsaida e trouxeram-lhe um cego, suplicando-lhe que lhe tocasse. 23Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da povoação. E, tendo-lhe posto saliva nos olhos[5] e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». 24Ao voltar a ver, dizia: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar». 25Em seguida, impôs-lhe de novo as mãos sobre os olhos, e começou a ver claramente; ficou restabelecido e via tudo com nitidez. 26Enviou-o, então, para sua casa, dizendo: «Não entres sequer na povoação».


II
O CAMINHO PARA A MORTE E RESSURREIÇÃO
(8,27-16,8)


A. O CAMINHO
(8,27-10,52)

Declaração messiânica de Pedro (Mt 16,13-20; Lc 9,18-21) – 27Jesus saiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. E, no caminho, interrogava os seus discípulos, dizendo-lhes: «Quem dizem os homens que Eu sou?». 28Eles disseram-lhe[6]: «João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». 29E Ele interrogava-os: «Vós, porém, quem dizeis que Eu sou?». Respondendo, Pedro disse-lhe: «Tu és o Cristo». 30Então repreendeu-os severamente para que não falassem acerca dele a ninguém.


Primeiro anúncio da paixão e ressurreição, e reação de Pedro (Mt 16,21-23; Lc 9,22) – 31E começou a ensinar-lhes: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos doutores da lei, ser morto e, depois de três dias, ressuscitar». 32E dizia-lhes isto[7] com clareza.

Então Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo severamente. 33Mas Ele, voltando-se e vendo os seus discípulos, repreendeu Pedro severamente e disse: «Vai para trás de mim[8], Satanás, porque não tens em mente as coisas de Deus, mas as dos homens!».


Condições para seguir Jesus (Mt 16,24-28; Lc 9,23-27) – 34E, chamando a si a multidão com os seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quer seguir atrás de mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35Pois aquele que quiser salvar a sua vida há de perdê-la, mas aquele que perder a sua vida por causa de mim e do evangelho há de salvá-la. 36Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se arruinar a sua vida? 37Pois que daria um homem em troca da sua vida? 38Portanto, aquele que se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória do seu Pai, com os anjos santos».



  1. Dalmanutá é um lugar desconhecido (Mt 15,39 apresenta Magadán).
  2. Lit.: E suspirando no seu espírito.
  3. Lit.: Vede, olhai de [longe].
  4. Jr 5,21; Ez 12,2. No contexto, Jesus recorda a condenação dos de fora (4,12) com as palavras de Is 6,9s.
  5. Lit.: tendo cuspido nos olhos dele.
  6. Lit.: Eles disseram-lhe, dizendo.
  7. Lit.: falava a palavra.
  8. É a mesma expressão com que Jesus chamou Pedro junto ao mar da Galileia (1,17). O lugar do discípulo é atrás de Jesus, percorrendo o mesmo caminho do seu Senhor, que implica a glória da ressurreição, mas também a paixão e morte. Pedro não quer e atravessa-se (tal como o Diabo) no caminho do Mestre e nos desígnios de Deus; tem a ousadia de repreender severamente Jesus (o verbo usado é o mesmo que expressa as ordens que Jesus dá aos espíritos impuros). Jesus recorda-lhe qual é o seu lugar, voltando, com a mesma expressão, a chamá-lo ao discipulado fiel, e deixa bem claro à multidão e aos que o seguem (também ao leitor) o que implica ser seu discípulo: seguir atrás dele (repare-se no pleonasmo, que enfatiza o lugar do discípulo), abandonando os critérios humanos e abraçando a cruz.



Capítulos

Mc 1 Mc 2 Mc 3 Mc 4 Mc 5 Mc 6 Mc 7 Mc 8 Mc 9 Mc 10 Mc 11 Mc 12 Mc 13 Mc 14 Mc 15 Mc 16