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From Biblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos
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:Eles caem na armadilha do seu próprio orgulho,
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:das mentiras e maldições que proferem.
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Pois Tu foste para mim amparo e refúgio,
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Latest revision as of 16:49, 17 December 2019

59(58)  Oração de um perseguido

 

1 Ao diretor. Não destruas!

Elegia de David, quando Saul mandou cercar a sua casa para o matar.


2 Livra-me dos meus inimigos, ó meu Deus[1];

protege-me dos que se levantam contra mim.

3 Livra-me dos que praticam a iniquidade

e salva-me dos homens sanguinários.

4 Vê, Senhor, como armam ciladas à minha vida

e contra mim conspiram os poderosos,
sem que eu tenha cometido crime nem pecado.

5 Sem eu ter culpa, agitam-se e preparam-se.

Desperta, vem ao meu encontro e vê!

6 Ó Senhor, Deus dos exércitos, Deus de Israel,

levanta-te e castiga todos estes povos.
Não tenhas compaixão de traidores malvados.Pausa

7 Pela tarde, regressam, ladrando como cães,

e dão voltas pela cidade.

8 Com a sua boca proferem ultrajes,

os seus lábios são autênticas espadas:
«Quem é que vai ouvir?»[2].


9 Mas Tu, Senhor, escarneces deles,

fazes troça de todos estes povos.

10 Ó minha força, é para ti que eu me volto[3],

pois Tu, ó Deus, és a minha fortaleza.


11 A misericórdia do meu Deus[4] virá ao meu encontro;

Deus me fará ver o castigo dos meus opressores.


12 Não os mates, para que os do meu povo não se esqueçam.

Dispersa-os e derruba-os com o teu poder,
ó Senhor, nosso escudo protetor.

13 Cada palavra dos seus lábios é um pecado.

Eles caem na armadilha do seu próprio orgulho,
das mentiras e maldições que proferem.

14 Extermina-os com furor;

extermina-os, e que eles deixem de existir.

E todos saibam que Deus governa em Jacob

e até aos confins da terra.Pausa


15 Pela tarde, regressam, ladrando como cães,

e dão voltas pela cidade.

16 Vagueiam em busca de alimento;

e, se não se fartam, rondam toda a noite[5].


17 Eu, porém, cantarei o teu poder,

pela manhã celebrarei a tua misericórdia.

Pois Tu foste para mim amparo e refúgio,

no meu dia de tribulação.

18 Ó minha força, é para ti que eu canto,

pois Tu és o Deus da minha fortaleza,
o meu Deus de misericórdia.



  1. Este salmo faz parte da categoria dos coletivos de súplica. Tal como outros, ele aproveita o título para criar ligações com a personagem e com a história de David. O acontecimento histórico a que se alude encontra-se em 1Sm 19,11-17. Tal como acontece com outros salmos deste género, vão sendo intercalados os motivos de súplica, lamentação e ação de graças em conclusão. Estes são os ingredientes que mais naturalmente se costumam encontrar nos textos de oração. As duas partes do salmo estão bem claras com um refrão conclusivo em cada parte (vv. 10 e 18). Uma espécie de refrão da maldade aparece em cada secção (vv. 7 e 15), ajudando a marcar ainda mais o ritmo entre as duas partes.
  2. Apresentada sem introdução, esta frase é interpretada como sendo um desafio blasfemo dirigido a Deus. No entanto, ela poderia igualmente representar uma interrogação angustiada do salmista, perante aquele panorama de maldade.
  3. Ou: é por ti que eu vigio.
  4. Lit.: O meu Deus de misericórdia.
  5. Ou: põem-se a rosnar.



Salmos

1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27   28   29   30   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40   41   42   43   44   45   46   47   48   49   50   51   52   53   54   55   56   57   58   59   60   61   62   63   64   65   66   67   68   69   70   71   72   73   74   75   76   77   78   79   80   81   82   83   84   85   86   87   88   89   90   91   92   93   94   95   96   97   98   99   100   101   102   103   104   105   106   107   108   109   110   111   112   113   114   115   116   117   118   119   120   121   122   123   124   125   126   127   128   129   130   131   132   133   134   135   136   137   138   139   140   141   142   143   144   145   146   147   148   149   150